Foram espalhados pandeiros nos postes feitos de metal cobertos com fitas em vermelho, azul e branco e refletores por toda cidade. Tal projeto não levou em consideração que estes enfeites estariam em exposição ao sol e ao vento diariamente. Resultado: as fitas foram desbotadas, enroscadas e se despenderam dos arcos, sujando a cidade.
Segundo alguns cidadãos, durante o dia, parecia que tinha havido uma enchente e ao descer o volume de água, os lixos ficaram pendurados nas árvores. Basta relatar esta opinião para se ter noção do desagrado da população da cidade. Se esta opinião tivesse sido apenas de uma pessoa, não seria levado em conta. No entanto, essa foi a opinião geral do povo, ainda mais revoltado pois tal arte teria custado aos cofres públicos cerca de 1 milhão e 600 mil reais.
O projeto foi desenvolvido pelo artista José Pimentel que ao ser questionado pela sua criação, declarou não querer transformar Recife em “cidade luz” e sim homenagear o famoso Bloco da Saudade. Esta afirmação não agradou nem confortou os cidadãos.
Ao se pensar em fluxo turístico, o quesito motivação e atrativos vem à tona. O movimento de turistas nada mais é do que a escolha de um indivíduo em sair da sua cidade natal e procurar satisfazer suas necessidades em outra localidade. O que mais impulsiona esta atitude são as atrações que aquele lugar oferece. Sendo assim, é de extrema importância o investimento em decorações urbanas. Ao se ter uma má repercussão deste nível, a imagem do lugar fica prejudicada, podendo causar uma diminuição em suas visitações.
Casos como este servem para alertar as autoridades quanto à importância de um planejamento nesta área, cabendo ao profissional de relações públicas junto às secretarias, um entendimento maior sobre a imagem do lugar e o público que se deseja atingir.
Diante de tamanha beleza, os foliões se renovaram para mais um ano de trabalho, esforços e realizações. Esperando sempre essa preocupação dos governantes em tornarem a cidade cada vez mais agradável, harmoniosa e de destaque nacional e mundial.
Por Rafaela Queiroz e Tiara Tirelli
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