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quinta-feira, 29 de março de 2007

A Rota Turística Engenhos e Maracatus

Lançada em novembro de 2006, a Rota Engenhos e Maracatus, acenou como sendo um promissor destino turístico no estado de Pernambuco diversificando o nosso produto e resgatando a história da zona canavieira, página importante da história do país.
Criada pelo PROMATA (Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Zona da Mata) e Secretaria de Turismo/Empetur,a rota apresenta um plano turístico muito rico em atrativos. Um acervo de patrimônio histórico e cultural único no país prometeria um sucesso certo, mediante eficaz manejo de ações bem pensadas.

Passado alguns meses depois do lançamento da rota, que contou com investimentos da ordem de dez milhões de reais em reformas, sinalizações e construções, se assiste agora a um quadro não satisfatório, pois a rota não tem funcionado devidamente bem da forma que se esperava. A fragmentação da rota em pontos de atrativos que funcionam separados não propiciam ao turista gozar o todo que a rota tem a oferecer. Além disso, problemas estruturais como acesso e falta de integração da comunidade local, impedem ainda mais o sucesso da Rota Engenhos e Maracatus.

É com base nessas evidências que propomos ser este artigo uma chamada para a real necessidade de se discutir os problemas da rota. Em particular, chamar a atenção dos idealizadores, visto que estes têm capacidade de articular mais facilmente os atores envolvidos no projeto. Aproveitando-se das ações, ainda em andamento, do PROMATA, achamos o momento oportuno para se conclamar já um fórum de discussão da rota, a ser sediado em algum município da rota ou mesmo na capital. Um fórum que reúna diferentes pontos de vistas de pessoal entendido na área. Talvez o formato de um fórum tenha seus obstáculos de realização, no entanto, ele dará desde cedo a injeção de integração que a rota precisa. Aguardamos que haja sensibilização dos aqui conclamados para iniciarem já este debate indispensável para a salvação da promissora Rota Engenhos e Maracatus.
Autor: Jadilson Miguel

quarta-feira, 28 de março de 2007

Pátio de São Pedro

Detentor de uma “energia própria”, caracterização dada pelos próprios visitantes, o Pátio de São Pedro, situado no Bairro de São José, desponta como mais um atrativo histórico-cultural da cidade do Recife. No final da tarde, ainda com o sol se pondo, as pessoas em quantidades tímidas vão chegando, se aproximando, quando que por volta das 8 horas da noite, o Pátio já está completamente lotado, na sua maioria por trabalhadores da redondeza e também pro estudantes e turistas. A atração do público pelo Pátio de São Pedro é explicada pelo potencial turístico e de lazer, afinal é neste reduto bem no coração do Recife, que acontece o ano todo apresentações culturais da expressão popular. É coco, ciranda, forró, frevo, maracatu, afoxés, blocos de carnaval, grupos de samba, manguebeat se apresentando através dos Projetos Terça Negra, Sábado Mangue e Dançando no Pátio, além de outros. A arquitetura do local é um atrativo a parte. Destaca-se a Igreja de São Pedro dos Clérigos, em estilo barroco, com uma fachada bastante rica em detalhes, que recebe à noite uma iluminação especial. A Igreja foi construída no século XVIII, iniciada as obras em 1728 e concluída apenas em 1782. Ao seu redor estão os casarios coloniais coloridos.
Estes são inclusive, onde estão instalados os barezinhos e restaurantes que a região oferece.
Ao falar com os comerciantes dos bares, foi constatado que o ápice de movimento no Pátio de São Pedro é realmente o carnaval. Eles dizem que não há incentivo por parte da prefeitura durante os demais dias do ano, exceto quando há eventos isolados, como a Terça Negra.


O senhor Carlos, o proprietário do bar “O buraco do Sargento”, diz que “As pessoas que já conhecem o Pátio chegam, mas as que o visitam pela primeira vez ficam perdidas”. Os turistas também citaram alguns problemas, como por exemplo, Bruno, de Poços de Caldas/MG, diz que é necessário que haja uma melhor divulgação de linhas de ônibus para esses pontos turísticos.



Como se vê, o Pátio possui um grande potencial para desenvolvimento, porém é necessário que haja mais divulgação a respeito do espaço, da história e dos atrativos que o lugar possui, para que possa ser apreciado não só por pessoas residentes em Recife, mas por pessoas de todo o Brasil e estrangeiros e assim possa contribuir cada vez mais para a preservação e a divulgação do local.



Autores: Elainy Cristina, Isabela Galindo, Marilia Valença e Pamella Coelho
Turismo, UFPE

terça-feira, 27 de março de 2007

A Importância da Decoração Urbana para as Cidades com Grande Fluxo Turístico



Desde os primórdios das sociedades, costuma-se enfeitar as cidades para comemorar uma data importante. Como por exemplo, Carnaval, São João, Natal e Ano Novo. Esta decoração é tão importante para os turistas quanto para aqueles que nelas habitam, pois de certa forma, são agradáveis e enchem seus olhos de alegria. Grandes cidades no mundo, como por exemplo, Nova Iorque, recebem todos os anos milhares de turistas que se espremem no Rockfeller Center para ver a tão famosa árvore de natal. O brilho nos olhos destas pessoas torna a decoração um grande ato. Cansadas do seu cotidiano, essas festividades exercem um papel de alívio para aqueles seres humanos. Além deste exemplo, vários outros poderiam ser dados em âmbito nacional. Cidades como Campos do Jordão e Gramado, fazem do final de ano, o seu grande atrativo.

Verbas são destinadas pelas secretarias de turismo e infra-estrutura para que se realizem tais obras decorativas. Isso por que é nessas épocas que ocorre grande número de visitações nas cidades. Portanto, é inadmissível que tais decorações causem efeitos negativos na sociedade como o que aconteceu na cidade do Recife no final do ano de 2006.


Foram espalhados pandeiros nos postes feitos de metal cobertos com fitas em vermelho, azul e branco e refletores por toda cidade. Tal projeto não levou em consideração que estes enfeites estariam em exposição ao sol e ao vento diariamente. Resultado: as fitas foram desbotadas, enroscadas e se despenderam dos arcos, sujando a cidade.

Segundo alguns cidadãos, durante o dia, parecia que tinha havido uma enchente e ao descer o volume de água, os lixos ficaram pendurados nas árvores. Basta relatar esta opinião para se ter noção do desagrado da população da cidade. Se esta opinião tivesse sido apenas de uma pessoa, não seria levado em conta. No entanto, essa foi a opinião geral do povo, ainda mais revoltado pois tal arte teria custado aos cofres públicos cerca de 1 milhão e 600 mil reais.

O projeto foi desenvolvido pelo artista José Pimentel que ao ser questionado pela sua criação, declarou não querer transformar Recife em “cidade luz” e sim homenagear o famoso Bloco da Saudade. Esta afirmação não agradou nem confortou os cidadãos.

Ao se pensar em fluxo turístico, o quesito motivação e atrativos vem à tona. O movimento de turistas nada mais é do que a escolha de um indivíduo em sair da sua cidade natal e procurar satisfazer suas necessidades em outra localidade. O que mais impulsiona esta atitude são as atrações que aquele lugar oferece. Sendo assim, é de extrema importância o investimento em decorações urbanas. Ao se ter uma má repercussão deste nível, a imagem do lugar fica prejudicada, podendo causar uma diminuição em suas visitações.


Casos como este servem para alertar as autoridades quanto à importância de um planejamento nesta área, cabendo ao profissional de relações públicas junto às secretarias, um entendimento maior sobre a imagem do lugar e o público que se deseja atingir.


Ainda em se tratando do caso da cidade do Recife, dois meses depois desse fracasso, pode-se ver uma das mais belas decorações de carnaval. O centro da cidade estava todo enfeitado para ver a passagem do Galo da Madrugada, marco carnavalesco. Bonecos gigantes nasceram e se fixaram no Marco Zero, tornando essa festa ainda mais bonita.
Diante de tamanha beleza, os foliões se renovaram para mais um ano de trabalho, esforços e realizações. Esperando sempre essa preocupação dos governantes em tornarem a cidade cada vez mais agradável, harmoniosa e de destaque nacional e mundial.




Por Rafaela Queiroz e Tiara Tirelli

quinta-feira, 22 de março de 2007

Recife Antigo: Praça do Arsenal


A praça Arthur Oscar, mais conhecida como praça do Arsenal da Marinha, está localizada junto à Rua do Bom Jesus e bem próxima do Marco Zero, no bairro do Recife. O local é um ponto de encontro para os freqüentadores do Recife Antigo. No seu centro, destaca-se o busto de bronze do Patrono da Marinha Brasileira, almirante Tamandaré. O local é bastante arborizado e possui pedras portuguesas no seu piso. Também há uma bela fonte de design moderno e e que fica bastante iluminada durante a noite.

Dentre os vários atrativos que estão no entorno da praça, o de maior destaque é a Torre Malakoff, um monumento que faz parte do patrimônio histórico e turístico da cidade. A torre, construída entre 1835 e 1855, em estilo oriental (tunisiano), foi assim nomeada pela sua semelhança com uma fortificação da península da Criméia, que funcionou como centro de defesa de Sebastopol, no ano de 1855. A torre recifense possui um minarete branco, em forma quadrangular, um relógio, uma pequena cúpula, ameias nos ângulos, e algumas janelas estreitas pintadas na cor azul. O monumento serviu, durante muitos anos, como observatório astronômico e sede da Capitania dos Portos em Pernambuco. Atualmente é um centro cultural que recebe vários eventos importantes. Próximo a torre também pode-se encontrar um centro de informações turísticas da Prefeitura da Cidade do Recife.

Pode-se encontrar muitos visitantes no local, principalmente durante as duas grande festas locais: o São João e o Carnaval. A praça torna-se nesses períodos um polo de animação, com palcos montados para shows e com uma decoração característica para cada período. Contudo, muitos reclamam que houve um grande declínio no movimento de turistas no local. Um senhor chamado Paulo, que teve comércio no local e que o frequenta a mais de 20 anos diz que o local não serve mais para trabalhar, pois o movimento de visitantes é muito fraco. “Continuar lá é prejuízo”, diz ele. Apesar disso ele diz que sempre frequenta o local. “O lugar pela manhã é calmo, apesar dos palcos montados nas ruas da praça por conta do carnaval”. Ele acha que o lugar é bom, e diz que o problema é que não investem nele como era feito antigamente. Enaide, uma senhora que tem uma lanchonete no local, a qual herdou do pai e que funciona a mais de 36 anos, conta que o local se tornou muito inseguro e que abrir a casa, especialmente nos fins de semana, é muito perigoso, pois há grande possibilidade de assalto. Ela acusa que grande culpa da situação atual é o descaso por parte da gestão atual da prefeitura. Ela afirma que durante a gestão anterior o local recebia mais visitantes e havia um maior movimento no comércio. A comerciante diz que a época de movimento mais expressivo é durante o carnaval e lamenta o fato de que muito eventos que acontecem no Marco Zero não contemplem a Rua do Bom Jesus e muito menos a praça.

Apesar de existirem críticas como essas, alguns visitantes não têm a mesma opinião. Pairone Júnior, um ciclista que costuma visitar o local com freqüência por conta dos eventos que acontecem na redondeza e de atrativos como a Torre Malakoff, as casas de show e a sinagoga da Rua do Bom Jesus, considera a praça em si um local de certa forma seguro e bem cuidado, apesar de considerar algumas ruas adjacentes um pouco perigosas. “O local mantém suas caractérísticas antigas e o encanto pelo local deve si dar por isso”, diz o visitante.

A praça do arsenal é realmente um destino turístico muito importante. Reconhece-se que muito foi feito no que diz respeito a revitalização do local. Entretanto, há muito ainda a ser melhorado. A falta de segurança, que não é um problema exclusivo do local, precisa ser encarada de forma séria, principalmente nas ruas adjacentes, de modo que os visitantes sintam-se mais a vontade para conhecer os diversos atrativos existentes.


Autores: David Sabino, Frederico Cardoso e Waldemir Gondim

quarta-feira, 21 de março de 2007

Mercado Eufrásio Barbosa




O mercado Eufrásio Barbosa está localizado na avenida Sigismundo Gonçalves, no Varadouro – Olinda. O mercado compreende uma área de 550m, na sua maior parte ocupada por lojas de artesanato, um local para a realização de eventos, lanchonetes, ateliê, entre outros espaços direcionados para a promoção da arte e da cultura. Foi inaugurado no dia 06 de abril de 1990, no mesmo prédio que abrigava a sede da Casa de Alfândega Real no século XVII e posteriormente a fábrica de doces Amorim Costa em 1865. Em 1979 o prédio foi desapropriado pela prefeitura de Olinda e reformado com o intuito de alojar o mercado e o teatro Fernando Santa Cruz.


Entre os principais atrativos do local temos a exposição de bonecos carnavalescos, um projeto gráfico a partir dos quadros originais de Bajado, artista plástico nativo de Olinda, a venda de artesanatos, a realização de eventos que acontecem no salão principal, e a realização de apresentações no teatro.


Apesar do mercado ter uma tradição na cidade foi notável a falta de visitas turísticas ao local. Para os comerciantes que se encontram no mercado e nas proximidades, existe uma carência por parte das entidades municipais que não estão prestando a devida atenção que o local merece. A falta de divulgação e de investimentos, segundo eles, é um dos principais motivos que contribuem para o abandono e a decadência do local. Eles apontaram ainda alguns outros problemas, como por exemplo, a violência e a concorrência de outros espaços que possuem uma estrutura melhor. Contudo embora esses problemas estejam afastando os visitantes os comerciantes que foram entrevistados afirmaram que não trocariam o espaço que têm no mercado por outro lugar.



A partir do que foi observado, percebemos que o mercado precisa de uma reforma, pois muitas lojas não estão funcionando e o teto da área que é destinada à comercialização de artesanatos está bastante danificado. Por esses motivos é perceptível o descontentamento por parte dos comerciantes que não têm o seu espaço valorizado como um mercado turístico, visto que esse local possui potencial para essa atividade. O que falta, na verdade, é mais interesse por parte de entidades governamentais e privadas para investir na revitalização do local.
Autores: Ana Lúcia, Deyvyson e Bethania

Bodega do véio: uma das atrações não-convencionais do carnaval de Olinda


O Brasil com sua diversidade cultural tem em Olinda um reflexo de suas manifestações. Lá, no mês de fevereiro, milhares de pessoas se encontram na maior festa popular do ano: o carnaval. Famosa pelos desfiles de blocos carnavalescos, Olinda também se tornou conhecida pela simplicidade e hospitalidade de seu povo. É lá que encontramos lugares como a Bodega do Véio, esta mistura de armazém com botequim que se tornou parada obrigatória para turistas, boêmios e moradores tomarem bebida gelada e degustarem salaminho fresco. Muitas vezes ao som ao vivo de Mestre Salu.
Foi em 1978 que o Véio, Edval Hermínio da Silva, veio de Limoeiro fixar residência em Olinda. Primeiramente para trabalhar com seu tio e só em 1980 fundar o seu próprio negócio, a Barraca do Véio. Em 1982 seu primeiro filho nasceu e a partir daí o estabelecimento tornou-se familiar. Lá todos ajudam atrás do balcão, desde sua mulher até seus quatro filhos. Já nos anos 90, com um projeto do SEBRAE de tornar a Rua do Amparo em pólo gastronômico, o lugar veio a mudar de nome, se tornando Bodega.
Ao visitar o local, nos deparamos com vários freqüentadores assíduos. Para se ter uma idéia, nenhum deles soube dizer quantas vezes já tinham ido lá. Segundo David Moura, um desses fiéis, a Bodega representa pluralidade, lugar de todos. Lá não existe religião, raça, status ou qualquer outra forma de exclusão e sim uma harmônica e agradável atmosfera.

Durante o carnaval, a procura por esse refúgio de simplicidade torna-se ainda maior. Vários blocos fazem sua concentração por lá. Este ano o Bloco Trote dos Tranqüilos sairá no sábado de Zé Pereira, rumo às ladeiras da cidade.
Aproveite também para visitar os ateliês da Rua do Amparo e o famoso restaurante, Oficina do Sabor. É impossível ir à Olinda e deixar de conhecer o Véio, que com sua simplicidade, cativa a amizade de todos.
Autores: Rafaela Queiroz, Tayana Fraga, Tiara Tirelli e Vitor Carvalho

Bodega do Veio – Rua do Amparo, 212
Olinda-PE
Horário de funcionamento: seg – sáb 8:00 às 23:00 / dom 8:00 às 14:00 (exceto carnaval)